Estamos sempre batendo na mesma tecla: NÃO É FÁCIL SER PROFESSOR! Mas não é por isso que vamos desistir da Educação, bem maior que podemos deixar para nossos filhos, nossas crianças em geral, para nossa nação. Vamos ser sinceros que é mais fácil se acomodar e deixar que o outro faça o pior trabalho, ou melhor, o trabalho que dá mais trabalho, ensinar e educar não são para qualquer um, é para quem tem fibra e estômago, é para quem vai ver criança com fome sem conseguir aprender porque não sabe como pensar em outra coisa que não a comida, crianças que são agressivas por verem seus pais serem agressivos, ou com elas próprias ou com seus irmãos ou uns com os outros até, tantas necessidades enfrentadas pela escola pública e nós continuamos apenas sonhando, um mundo de utopia onde todos vão aprender sim, onde todos vão tirar sempre ‘nota10’(um péssimo conceito de avaliação), repensar a educação é preciso, é necessária uma urgência extrema. Alguns professores sabem alfabetizar, outros não, mas essas e outras tantas deficiências vão continuar até que nos neguemos a fazer o nosso ofício apenas por fazer, ou por medo de perder nosso emprego, por medo do salário não cair na conta no fim do mês, não é fácil abrir mão dos meus desejos em prol do outro, afinal também tenho família, também preciso comer, e o que me importa se tem alguém mais capacitado que eu pra fazer meu trabalho, se eu fui o escolhido? Talvez essa seja uma outra utopia, querer ver a Educação sendo respeitada como merece, sendo levada a sério, sendo posta no seu mais alto escalão e não fazer da nossa profissão um bico, só porque eu não arrumei outro emprego mais legal, mais bacana, não basta culpar o sistema, dizer que nada está bom, que precisa melhorar, se não for meu o primeiro passo, a mudança começa de dentro pra fora, do íntimo, do real querer. No final de tudo só nos resta parabenizar nossos colegas professores que atuam, que tentam fazer a diferença, que assumem que não sabem, mas não esperam uma fórmula pronta pra tentar mudar, na verdade enfrentam suas quarenta ou sessenta horas semanais dentro da sala de aula com o sentimento que muda tudo de cinza para azul, rosa, vermelho, laranja, verde, roxo e amarelo e faz dos seus dias tristes grandes momentos de lindos arco-íris pintados por si junto com seus educandos, para esses profissionais que buscam mudar deixamos o nosso muito obrigada e parabéns.
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Um comentário:
Oi Ana Paula,
Adorei seu desabafo.O trabalho pedagógico é realmente muito complexo e cheio de variáveis. Somente estando imerso nesse mundo para podermos avaliar o tamanho da nossa responsabilidade.
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